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Liderança feminina: entenda a importância para os negócios

  • Business
  • 31, agosto 2021
  • 3 min de leitura
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Em 2021, um estudo batizado de “Fortune 500”, que a revista norte-americana de mesmo nome realiza todos os anos, revelou um recorde na expansão da  liderança feminina entre as 500 empresas mais poderosas dos Estados Unidos . De acordo com a pesquisa, a quantidade de mulheres no comando de grandes empresas cresceu 58% em 2020, comparando com os números de 2018.

Apesar da histórica conquista, ainda há muito para se avançar. Afinal, as mulheres somavam apenas 7,6% dos postos de direção no ano passado. Ou seja, das 500 corporações elencadas, somente 38 eram dirigidas por mulheres. Sim, a liderança feminina é um assunto desafiador! Quer saber mais? Então acompanhe este post!

Qual a importância da liderança feminina no meio corporativo?

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que as mulheres sustentam 45% das famílias brasileiras. Diante dessa realidade, a equidade de salários com os homens geraria incontáveis benefícios sociais.

Com a equiparação das remunerações, haveria maior distribuição de renda no país, com reflexos positivos na economia. Segundo especialistas da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o nivelamento salarial entre homens e mulheres movimentaria a economia, estimulando o crescimento.

O que as empresas ganham com as mulheres em postos de supervisão?

Nos últimos anos, as mulheres têm se dedicado mais aos estudos e ao aperfeiçoamento técnico. Esse conhecimento se soma à experiência no mercado de trabalho, que vem se abrindo mais para as profissionais. Além disso, as mulheres costumam reunir atributos diversificados. Assim, elas podem executar uma gestão financeira empresarial impecável e ao mesmo tempo inovadora. Veja a seguir alguns exemplos de ganhos que as trabalhadoras entregam às empresas.

  • Espírito colaborativo: na maior parte das vezes, as mulheres apresentam uma melhor capacidade de se relacionar no dia a dia de trabalho. Para uma boa administração, é preciso muito mais do que se guiar pela gestão de indicadores. Afinal, em momentos importantes, seja de crise, seja de crescimento, o fator humano será essencial. Nesse sentido, a presença feminina favorece o espírito colaborativo e o trabalho em equipe;
  • Empatia: supervisoras geralmente apresentam mais facilidade para dialogar de modo firme e não ofensivo. Desse modo, elas conseguem extrair o que é preciso do time rapidamente, sem perder tempo com problemas de socialização e comunicação. O segredo para esse jogo de cintura é o velho e bom hábito de se colocar no lugar do outro;
  • Perfeccionismo: mulheres tendem a se manter em um ritmo de melhoria contínua, o que contribui para uma gestão da qualidade minuciosa e bem-sucedida

Quais foram os principais movimentos feministas no mundo?

Como já dissemos, a liderança feminina nas empresas está aumentando, mas ainda está aquém da ideal. Porém, o mundo só colhe as poucas transformações inclusivas de hoje por causa da influência dos movimentos feministas ao longo da história. Conheça alguns deles:

Direito à Educação

Já existia um movimento de liderança feminina no Brasil nos tempos do Império (1822-1889). Nessa época, graças ao esforço de Nísia Floresta (1810-1885) foi criada a primeira escola para meninas do país, em 1938. Nesse ano, o país era governado por dom Pedro II. Assim, ela é considerada uma das primeiras educadoras feministas brasileiras.

Direito ao voto

Alguns anos mais tarde, com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os homens foram para os campos de batalha, sobrando para as mulheres o trabalho nas empresas, especialmente nas indústrias. Desse modo, surgiu um ambiente favorável em prol do direito ao voto feminino, que gradualmente acabou sendo concedido por várias nações. No Brasil, as mulheres votaram pela primeira vez em 1932.

Direito à liberdade sexual

A partir da década de 60, movimentos feministas passaram a reivindicar o acesso a métodos contraceptivos e mais liberdade sexual. Nas décadas seguintes, outras pautas foram incorporadas à luta das mulheres, tais como:

  • Combate à violência doméstica;
  • Igualdade salarial de gêneros;
  • Responsabilização e punição dos autores de assédio no trabalho.

O que contribuiu para a desigualdade de gênero?

Até o século 19 (1801-1900) havia uma estática relação entre gênero e a vida social. Dessa forma, as tarefas e atividades permitidas para meninos e meninas eram muito bem definidas. Além disso, não havia muito espaço nem condições para questionamentos e discordâncias.

Assim, desde que nasciam, as crianças iam assimilando o velho conceito: garotos devem estudar e ter uma profissão para sustentar suas famílias. Por sua vez, meninas precisam se preocupar com os deveres domésticos e com a educação dos filhos. No entanto, com a Primeira (1914-1918) e a Segunda (1939-1945) guerras mundiais, muitos homens deixaram seus países para lutar na Europa, sendo que uma parte expressiva deles morreu nos conflitos.

Assim, as mulheres foram pouco a pouco conquistando o espaço deixado pelo público masculino, passando a trabalhar e a empreender nos mais diversos tipos de modelos de negócio. Portanto, a liderança feminina nas empresas cresce, mas ainda é muito difícil para as mulheres alcançarem postos de poder e comando. Por outro lado, existem algumas ações inclusivas que contribuem para corrigir essa triste distorção.

Nesse caso, as empresas também ganham, já que passam a contar com o talento das profissionais em seus cargos estratégicos. Tal atitude traz imensos benefícios para toda a sociedade. Por falar nisso, você sabia que é importantíssimo para o negócio ter um protagonismo social? Quer aprender mais sobre o assunto? Então leia também nosso artigo sobre Responsabilidade Social e Empresarial!

 

 

 

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