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Demonstração Financeira: descubra o que é e como funciona!

  • BusinessGovernança CorporativaImpostos
  • 17, agosto 2021
  • 4 min de leitura
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Em alguns casos, a demonstração financeira é obrigatória para as empresas, como acontece com as organizações com atividades em bolsas de valores. Em outras situações, elas são realizadas para o próprio controle financeiro interno. Mas a demonstração financeira também pode ajudar a conseguir crédito em bancos! Além disso, esses relatórios são eficientes até para o próprio gerenciamento estratégico do negócio. Quer saber o que é a demonstração financeira? Então continue a leitura!

O que é a demonstração financeira?

A demonstração financeira é um documento contábil que tem como objetivo orientar gestores, credores, investidores, órgãos de fiscalização do governo etc. Na prática, esses cálculos retratam a situação tributária, por exemplo. Além disso, outra utilidade é supervisionar o fluxo de caixa. Com uma política disciplinada em relação a esses relatórios, a empresa obtém mais transparência no mercado.

Quais são os tipos de demonstração financeira?

Existem vários tipos de demonstrativos para representar o desempenho econômico. Desse modo, cada um deles conta com finalidades distintas. Mais um ponto importante: alguns relatórios financeiros são obrigatórios. Nesse sentido, a Lei 6.404/76 impõe a realização do Balanço Patrimonial e também da DRE (Declaração de Resultados do Exercício), só para citar dois exemplos. Veja a seguir algumas categorias de demonstrativos.

DRE

A DRE apresenta o desempenho financeiro líquido em determinado período. Geralmente, as empresas produzem esse tipo de parecer uma vez por ano. Assim, por meio da DRE, é possível descobrir se o negócio teve lucro ou prejuízo.

Balanço Patrimonial

Assim como a DRE, as organizações também devem elaborar o balanço patrimonial anualmente. Nesse caso, como já diz o próprio nome, o relatório contábil lista os ativos e os passivos de uma organização.

Ou seja, nele constarão os bens, os direitos, os valores a receber etc. Contudo, esse levantamento também apresenta os passivos, como dívidas e obrigações. Por sua vez, o saldo entre passivos e ativos dá origem ao patrimônio líquido.

Fluxo de caixa

O fluxo de caixa é um excelente termômetro para perceber com antecedência alguma crise financeira ainda antes de os próximos balanços saírem. Isso porque esse demonstrativo é aplicável em curtos períodos de tempo, como por dia, por semana ou mês.

Desse modo, com uma apuração de qualidade sobre esse demonstrativo, descobre-se muitas informações estratégicas. Nesse contexto, podemos citar a vantagem de saber quais são os produtos mais vendidos ou até mesmo os mais lucrativos. Além disso, se houver queda nas vendas, o fluxo de caixa sinaliza praticamente de forma imediata.

O que são os métodos de análise horizontal e vertical?

Como já dissemos, existem vários modelos e fórmulas de demonstrativos econômicos. Assim, dentro dessas opções, estão as análises horizontal e vertical. Enquanto a primeira mede a performance ao longo do tempo, a segunda levanta qual setor dentro de um negócio apresenta os melhores resultados. Veja a seguir com mais detalhes!

Análise horizontal

Na análise horizontal, escolhe-se um índice para ser comparado em diferentes períodos. Desse modo, a intenção é descobrir a evolução ou queda em determinado intervalo. Assim, é possível aplicar a técnica sobre os lucros, as vendas, o balanço patrimonial, a DRE e assim por diante.

Para calcular a análise horizontal, a fórmula é a seguinte:

AH= Y/C multiplicado por 100;

Veja o significado de cada letra na estrutura de cálculo:

  • AH: Variação da análise horizontal;
  • Y: Valor do item do demonstrativo no ano atual;
  • C: Valor do item do demonstrativo do ano-base.

Assim, imagine que uma empresa queira fazer uma análise horizontal sobre sua receita bruta. Nesse caso, a ideia é comparar a performance do Ano 2 com a do Ano 1. No entanto, para concluir essa avaliação, será preciso ter a quantia inicial sempre relacionada ao número 100.

Ao término da conta, se o valor for superior a 100, a análise horizontal apontará crescimento. Porém, se o resultado for um número menor do que 100, o estudo exibirá um prejuízo.

Continuemos no exemplo fictício:

  • Receita bruta no ano 1: R$ 45.494;
  • Receita bruta no ano 2: R$ 45.740.

A conta ficaria assim:

45.494 (Ano 1) /45.470 (Ano 2) = 0,999

Depois, deve-se multiplicar o resultado (0,99) por 100= 99,9. Em outras palavras, nessa situação, a análise horizontal mostraria uma queda. Lembra quando dissemos que tudo abaixo de 100 seria retração? Nesse caso, o resultado seria negativo.

Análise vertical

Por sua vez, a análise vertical retrata o porcentual de cada setor ou subárea de uma mesma empresa em seus resultados. Desse modo, esse cálculo pode revelar, por exemplo, qual departamento é mais lucrativo. No caso de filiais, é possível descobrir qual das regiões traz mais ganhos, qual dá mais prejuízo, entre outros dados. Veja a fórmula para essa conta:

Receita do setor ou região/Receita total multiplicado por 100

(Receita de um setor deve ser dividida pela receita total e, em seguida, o resultado dessa divisão deve ser multiplicado por cem).

Suponha que uma companhia tenha uma receita global de R$ 860,9 milhões e tenha várias regiões de atuação, A, B, C, entre outras. Depois, imagine que o setor “A” tenha uma performance de R$ 483,5 milhões no ano B.

Nessa situação, a conta da análise vertical ficaria assim:

R$ 483,5 milhões (Receita Bruta da área “A”) / R$ 890,6 milhões (Receita Bruta Global) = 0,5428 * 100 = 54,28%.

Nesse contexto fictício, a empresa descobriria que depende extremamente da Região “A” para ter um negócio saudável. Afinal de contas, essa subárea é responsável por mais da metade dos rendimentos (54,28%). Ou seja, a companhia pode decidir com mais segurança se vai investir mais ou menos nesse ou naquele departamento.

Portanto, a demonstração financeira é muito mais do que uma obrigação contábil e legal. Isso porque, quando bem apurados e aplicados, esses relatórios revelam fatos e fenômenos estratégicos para o negócio.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o assunto, que tal aprofundar seu conhecimento? É simples: leia também nosso artigo que trata sobre a Importância das Demonstrações Contábeis!

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