Como aplicar a responsabilidade socioambiental empresarial
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Compreender a saúde e a viabilidade de um negócio é essencial para garantir seu pleno funcionamento, e para ter esse raio-x, a demonstração financeira se torna uma excelente chave, ao fornecer uma visão clara e objetiva da situação econômica da organização.
Em alguns casos, a demonstração financeira é obrigatória para as empresas, como acontece com as organizações com atividades em bolsas de valores. Em outras situações, elas são realizadas para o próprio controle financeiro interno.
Mas a demonstração financeira também pode ajudar a conseguir crédito em bancos! Além disso, esses relatórios são eficientes até para o próprio gerenciamento estratégico do negócio. Quer saber o que é a demonstração financeira? Então continue a leitura!
A demonstração financeira é um documento contábil que tem como objetivo orientar gestores, credores, investidores, órgãos de fiscalização do governo etc, a fornecer informações que resumem a posição financeira e o desempenho da organização em um determinado período (mensal, trimestral, semestral ou anual). Na prática, esses cálculos retratam a situação tributária, por exemplo. Além disso, outra utilidade é supervisionar o fluxo de caixa. Com uma política disciplinada em relação a esses relatórios, a empresa obtém mais transparência no mercado.
Existem vários tipos de demonstrativos para representar o desempenho econômico. Desse modo, cada um deles conta com finalidades distintas. Mais um ponto importante: alguns relatórios financeiros são obrigatórios. Nesse sentido, a Lei 6.404/76 impõe a realização do Balanço Patrimonial e também da DRE (Declaração de Resultados do Exercício), só para citar dois exemplos. Veja a seguir algumas categorias de demonstrativos.
A Demonstração do Resultado do Exercício, ou DRE, apresenta o desempenho financeiro líquido em determinado período. Geralmente, as empresas produzem esse tipo de parecer uma vez por ano. Assim, por meio da DRE, é possível descobrir se o negócio teve lucro ou prejuízo, por esse motivo, ela também é conhecida como “demonstração de lucros e perdas”
Assim como a DRE, as organizações também devem elaborar o balanço patrimonial anualmente. Nesse caso, como já diz o próprio nome, o relatório contábil lista instantaneamente os ativos e os passivos de uma organização.
Ou seja, nele constarão os bens, os direitos, os valores a receber etc. Contudo, esse levantamento também apresenta os passivos, como dívidas e obrigações. Por sua vez, o saldo entre passivos e ativos dá origem ao patrimônio líquido. Esse documento se torna útil para avaliação da solidez financeira de uma empresa, além da capacidade de cumprir as obrigações a curto e longo prazo.
O fluxo de caixa é um excelente termômetro para perceber com antecedência alguma crise financeira ainda antes de os próximos balanços saírem. Isso porque esse demonstrativo é aplicável em curtos períodos de tempo, como por dia, por semana ou mês.
Desse modo, com uma apuração de qualidade sobre esse demonstrativo, descobre-se muitas informações estratégicas. Nesse contexto, podemos citar a vantagem de saber quais são os produtos mais vendidos ou até mesmo os mais lucrativos. Além disso, se houver queda nas vendas, o fluxo de caixa sinaliza praticamente de forma imediata, ou seja, ele fornece um excelente insight sobre a capacidade da empresa em gerar caixa e também sua liquidez.
Como já dissemos, existem vários modelos e fórmulas de demonstrativos econômicos. Assim, dentro dessas opções, estão as análises horizontal e vertical. Enquanto a primeira mede a performance ao longo do tempo, a segunda levanta qual setor dentro de um negócio apresenta os melhores resultados. Veja a seguir com mais detalhes!
Na análise horizontal, escolhe-se um índice para ser comparado em diferentes períodos, possibilitando identificar mudanças e tendências, além de ajudar a avaliar o crescimento ou declínio de uma organização utilizando termos absolutos e percentuais. Desse modo, a intenção é descobrir a evolução ou queda em determinado intervalo. Assim, é possível aplicar a técnica sobre os lucros, as vendas, o balanço patrimonial, a DRE e assim por diante.
Para calcular a análise horizontal, a fórmula é a seguinte:
AH= Y/C multiplicado por 100;
Veja o significado de cada letra na estrutura de cálculo:
Assim, imagine que uma empresa queira fazer uma análise horizontal sobre sua receita bruta. Nesse caso, a ideia é comparar a performance do Ano 2 com a do Ano 1. No entanto, para concluir essa avaliação, será preciso ter a quantia inicial sempre relacionada ao número 100.
Ao término da conta, se o valor for superior a 100, a análise horizontal apontará crescimento. Porém, se o resultado for um número menor do que 100, o estudo exibirá um prejuízo.
Continuemos no exemplo fictício:
A conta ficaria assim:
45.494 (Ano 1) / 45.470 (Ano 2) = 0,999
Depois, deve-se multiplicar o resultado (0,99) por 100= 99,9. Em outras palavras, nessa situação, a análise horizontal mostraria uma queda. Lembra quando dissemos que tudo abaixo de 100 seria retração? Nesse caso, o resultado seria negativo.
Por sua vez, a análise vertical retrata o porcentual de cada setor ou subárea de uma mesma empresa em seus resultados. Ou seja, os números são comparados dentro de uma mesma demonstração financeira, sendo expressos em porcentagens de um total. Desse modo, esse cálculo pode revelar, por exemplo, qual departamento é mais lucrativo. No caso de filiais, é possível descobrir qual das regiões traz mais ganhos, qual dá mais prejuízo, entre outros dados. Veja a fórmula para essa conta:
Receita do setor ou região/Receita total multiplicado por 100
(Receita de um setor deve ser dividida pela receita total e, em seguida, o resultado dessa divisão deve ser multiplicado por cem).
Suponha que uma companhia tenha uma receita global de R$ 860,9 milhões e tenha várias regiões de atuação, A, B, C, entre outras. Depois, imagine que o setor “A” tenha uma performance de R$ 483,5 milhões no ano B.
Nessa situação, a conta da análise vertical ficaria assim:
R$ 483,5 milhões (Receita Bruta da área “A”) / R$ 890,6 milhões (Receita Bruta Global) = 0,5428 * 100 = 54,28%.
Nesse contexto fictício, a empresa descobriria que depende extremamente da Região “A” para ter um negócio saudável. Afinal de contas, essa subárea é responsável por mais da metade dos rendimentos (54,28%). Ou seja, a companhia pode decidir com mais segurança se vai investir mais ou menos nesse ou naquele departamento.
Portanto, a demonstração financeira é muito mais do que uma obrigação contábil e legal. Isso porque, quando bem apurados e aplicados, esses relatórios revelam fatos e fenômenos estratégicos para o negócio, sendo assim, podemos dizer que eles são ferramentas indispensáveis na hora de avaliar a saúde financeira de uma organização, o que possibilita tomar decisões mais certeiras e possibilitando ainda mais o sucesso do negócio.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre o assunto, que tal aprofundar seu conhecimento? É simples: leia também nosso artigo que trata sobre a Importância das Demonstrações Contábeis!
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